O Helicobacter pylori é um microorganismo que está relacionado ao desenvolvimento de gastrite, úlceras e até mesmo o câncer do estômago. A transmissão ocorre mais frequentemente por alimentos contaminados ou ainda pelo contato pessoal mais íntimo. Uma vez presente na mucosa gástrica, pode levar ao aumento da produção da secreção ácida além de quebrar as barreiras de proteção da mucosa contra ao ácido. Está presente em uma grande parte da população, muitas vezes assintomática, porém na maioria dos casos pode causar dor na parte superior do abdome, má digestão e em alguns casos sangramento digestivo por complicações de úlceras gástricas ou duodenais.
O diagnóstico é realizado através de biópsias coletadas em exame de endoscopia. A endoscopia digestiva alta além de realizar o diagnóstico da infecção pelo H pylori, permite uma avaliação detalhada do estômago. Com ela podemos observar a presença de gastrite, úlceras e principalmente descartar a presença do câncer do estômago, que muitas vezes leva a sintomas semelhantes em fases iniciais. O teste respiratório ou pesquisa de antígeno nas fezes podem ser feitos, porém são pouco disponíveis em nosso meio. Por serem não invasivos são úteis no controle de erradicação após o tratamento.
O tratamento é baseado em medicações que bloqueiam a produção de ácido pelo estômago associado a um esquema de antibióticos, com grandes taxas de sucesso. A reinfecção e resistência aos antibióticos podem ocorrer e necessitar de esquemas adicionais de tratamento. Deste modo, pacientes com sintomas devem evitar a automedicação e procurarem um especialista para realizarem os exames e orientado o tratamento mais adequado. O uso de medicações sem orientação médica podem mascarar e retardar o diagnóstico e tratamento adequado.
Cuidados com a dieta e medidas de higiene pessoal, principalmente atenção no preparo e consumo dos alimentos podem prevenir a infecção pelo H pylori.
