Hérnia Inguinal

A hérnia inguinal é uma protuberância que surge na região da virilha, mais frequente em homens, que geralmente se deve a uma parte do intestino que sai através de um ponto fraco dos músculos abdominais.

Existem 2 tipos principais de hérnia inguinal:

  • Hérnia inguinal direta: é mais comum nos adultos e idosos, acontecendo após fazer esforços que aumentam a pressão na barriga, como pegar em objetos pesados;
  • Hérnia inguinal indireta: é mais comum nos bebês e crianças, pois acontece por um problema congênito que permite a entrada de um pedaço do intestino na região da virilha e até do saco escrotal.

Em ambos os casos, o tratamento é feito com cirurgia, para recolocar o intestino no local correto e fortalecer os músculos do abdômen, para que não volte a acontecer.

Os sintomas mais comuns da hérnia inguinal são:

  • Protuberância ou inchaço na região da virilha;
  • Dor ou desconforto na virilha ao levantar-se, curvar-se ou levantar peso;
  • Sensação de peso na virilha.

Nos homens, além dos sintomas clássicos da hérnia, também pode surgir uma dor aguda que irradia para os testículos.
Quando a hérnia não volta para o interior do abdômen, existe um elevado risco de encarceramento, em que o intestino fica preso e pode ocorrer morte dos tecidos.

Para saber se intestino está preso, é importante estar atento a sintomas como:

  • Dor muito intensa na hérnia;
  • Vômitos;
  • Distensão abdominal;
  • Ausência de fezes;
  • Inchaço da região inguinal.

A cirurgia para hérnia inguinal, também conhecida como herniorrafia inguinal, é a melhor forma de tratamento, sendo indicada especialmente quando ela apresenta sintomas. O procedimento atualmente e realizado preferencialmente por via minimamente invasiva, seja essa laparoscópica ou robótica.

A recuperação é relativamente rápida, geralmente com menos de 24 horas de internação. Depois, ao regressar a casa é importante ter alguns cuidados, especialmente durante as primeiras 2 semanas, como:

  • Evitar movimentos bruscos;
  • Não segurar em mais de 2 kg de peso;
  • Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, para evitar a prisão de ventre e o esforço para defecar.

O diagnóstico de hérnia normalmente é feito pelo médico apenas com a observação do local. Neste exame físico é muito comum que o médico peça para tossir ou fazer força com a barriga, para identificar se a hérnia fica mais protuberante, ajudando na identificação. Porém, em alguns casos, pode ser preciso fazer outros exames de diagnóstico, como uma ultrassonografia, para confirmação.

A hérnia na região inguinal acontece quando a parede abdominal está enfraquecida, deixando que o intestino faça pressão sobre os músculo e acabe saindo para debaixo da pele. Por esse motivo, a hérnia só pode acontecer quando existe um enfraquecimento dos músculos do abdômen, que é mais comum em pessoas com:

  • Aumento da pressão abdominal, por tosse crônica ou prisão de ventre;
  • Defeitos congênitos na região abdominal, no caso das crianças;
  • Pessoas com obesidade e hipertensão;
  • Fumantes.

Além disso, a hérnia também é muito mais frequente em crianças ou idosos, devido à fragilidade da parede abdominal.

A principal complicação da hérnia acontece quando o intestino fica muito preso na parede abdominal, acabando por perder o fornecimento de sangue. Quando isso acontece, os tecidos do intestino podem começar a “morrer”, causando dor intensa, vômitos, náuseas e dificuldade para se movimentar.

Nem sempre é possível evitar que a hérnia surja, no entanto, existem algumas medidas que podem diminuir o risco, como por exemplo:

  • Praticar exercício físico regular, pelo menos 3 vezes por semana, para manter os músculos fortalecidos;
  • Fazer uma dieta rica em legumes e outras fibras, para diminuir as chances de prisão de ventre que aumenta a pressão abdominal;
  • Evitar pegar em objetos muito pesados, especialmente sem ajuda.

Além disso, parar de fumar e manter um peso corporal ideal também ajuda a reduzir a pressão na região abdominal, diminuindo as chances de uma hérnia.

INSTITUTO PAULISTA DE CIRURGIA

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